Você nasce; você cresce; você entra em uma escola; você estuda; passa 12 anos de sua vida acordando às 6:00; você passa a sua manhã trancado em um ambiente o qual não é de seu agrado; estudando coisas as quais não são de seu agrado; ouvindo professores dizendo que se você não souber nomear os compostos orgânicos você não passará no vestibular, será um fracassado na vida, e passará seus 70 e solitários anos se arrependendo por não ter ouvido o sermão do professor.
Já me acostumei a ignorar coisas do tipo, pois eu não serei uma vagabunda que não fará nada da vida por não saber o que é uma ligação covalente ou saber resolucionar um polinômio. E não será justo o colégio e seus professores que me dirão o que fazer ou o que não fazer com a minha vida.
O colégio não me ensinou a ser a pessoa que sou hoje, o colégio não me ensinou que a arte, o cinema, a música e a literatura são as coisas pelas quais tenho o mais extremo interesse e paixão; o colégio não me ensinou a diferenciar o certo do errado e muito menos me ensinou a aproveitar a vida; pois sempre esfregam na cara dos jovens ''Estude, estude e estude. Decore a tabela periódica e seja o melhor de sua classe pois caso você saia do colégio com média geral abaixo de 90%, você será um merda.''
Tenho pena de meus pais por gastarem uma mensalidade absurda para limpar a bunda do diretor, enquanto tudo que ''aprendo'' será jogado fora de meu cérebro daqui a pouco tempo. Não será uma pessoa com um jaleco branco com o símbolo de um hexágono no peito que me dirá quem eu vou ser e quem eu não vou ser de acordo com a minhas notas. Não culpo os professores em si, mas sim o ensino das escolas nos dias hoje que não percebem que o estudante é um ser humano e tem paixões e ambições na vida que não se resumem a artigos os quais não são de seu interesse.
E se este texto fosse escrito durante a aula de Redação, eu não me importaria em receber um 8,4.
Mentira.
un gateau d'amour
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
When you have a problem.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
O beijo da morte.
'' the girl with the plums''-
Lá estava ela, sozinha e intocada pelas ruas estreitas e escuras de Paris. Havia acabado de roubar algumas porções de cereja da venda do Sr. Gremal, mas precisava fazê-lo, a não ser que quisesse morrer de fome. Encolhida e apoiada em uma das paredes sujas da rua sem saída, entre os ratos e baratas, a garota devorava as cerejas sem se importar com as leis de higiene que nem sequer existiam em pleno século XVIII na classe mais miserável da França.
Tinha seus 15 ou 16 anos, e a imundice ocultava sua beleza delicada, como seus cachos ruivos grudados no suor de sua pele. Entre seus prazeres e paladares, a garota sentiu um estrondo abafado no fim de uma das ruas interligadas a aonde se encontrava. Algo a puxava para aquela direção; alguma força... ''algo'' a guiava para a tal ruazinha praticamente sem iluminação.
Enfeitiçada pelo mistério e magia que a levava a seguir 'algo' ou 'alguém', a garota deixou cair as cerejas no chão e seguiu a tentação.
Fechou os olhos para que seus sentidos se aguçassem e a levasse a descobrir o que estava seguindo naquele labirinto de escuridão Parisiense.
Sentira uma singela iluminação esquentar sua face, percebeu o alargamento das ruas, e o odor de esterco e mijo foram substituídos pelo suave aroma das flores que fora se aguçando conforme a garota caminhava lentamente.
E lá estava ele. O rapaz, com seu um de setenta e cinco de altura, cabelos escuros, sobretudo e botas pretas, observava concentrado a vitrine de uma loja de perfumes. A garota, paralisada e com a visão ofuscada pela beleza de tal ser, caminhou até ele, e com os olhos brilhantes de lágrimas segurou as mãos dos rapaz.
Assustado pela ação repentina, retirou suas mãos dela e a olhou desconfiada, mas sem deixar perceber a beleza da garota. Sem retirar seus olhos dos dele, novamente ela segurou suas mãos como se fosse guardá-las em um pequeno casulo de proteção - cuja sensação, ela nunca experimentara -.
E o beijou. Enfeitiçado, o rapaz não fez nada. Apenas correspondeu o sentimento da garota, que nunca em sua vida fora tocada. Tudo parou. Nenhum dos dois ouviu ou viu nada acontecer pela rua. A atmosfera do local ficara fria e apaixonante. Até que o rapaz ficou gelado, imóvel e duro feito pedra. Ela abriu os olhos, e deu de cara com os dele, porém ofuscados e sem vida. E distanciando- o de seu rosto, viu o fio de sangue escorrer pela boca do rapaz. Ele não falava ou respirava, e não emitia um sinal sequer de vida. Ele ficara pesado de repente e a garota suportou o peso do homem em cima de si. O sustentou pelos ombros e pescoço até ficar ajoelhada no chão, com o corpo do homem estendido e sua cabeça em seu colo. Toda a magia do momento fora destruída bruscamente pelo pavor e pela dúvida do que teria acontecido. Fora apenas um beijo. Um beijo que fizera um fio de sangue escorrer pela boca do rapaz, e fizera seu coração parar de bater para sempre.Com os olhos debulhados em lágrimas, ela o deixou estendido pelo chão, observando em choque a expressão fria e sem vida de seu rosto.
Um velho Senhor abriu a porta de sua loja de perfumes e ao sair, viu o rapaz estendido no chão e logo depois, a garota olhando para as próprias mãos, arrependida e com os olhos vermelhos: '' Assassina!'' - gritou o perfumista -. Em pouco tempo o local se encheu de pessoas curiosas a ver quem fizera aquilo com o pobre homem, enquanto a garota, assustada, correu para longe dali , até encontrar um beco escuro onde passou a noite. Chorando encolhida e sozinha.
Lá estava ela, sozinha e intocada pelas ruas estreitas e escuras de Paris. Havia acabado de roubar algumas porções de cereja da venda do Sr. Gremal, mas precisava fazê-lo, a não ser que quisesse morrer de fome. Encolhida e apoiada em uma das paredes sujas da rua sem saída, entre os ratos e baratas, a garota devorava as cerejas sem se importar com as leis de higiene que nem sequer existiam em pleno século XVIII na classe mais miserável da França.
Tinha seus 15 ou 16 anos, e a imundice ocultava sua beleza delicada, como seus cachos ruivos grudados no suor de sua pele. Entre seus prazeres e paladares, a garota sentiu um estrondo abafado no fim de uma das ruas interligadas a aonde se encontrava. Algo a puxava para aquela direção; alguma força... ''algo'' a guiava para a tal ruazinha praticamente sem iluminação.
Enfeitiçada pelo mistério e magia que a levava a seguir 'algo' ou 'alguém', a garota deixou cair as cerejas no chão e seguiu a tentação.
Fechou os olhos para que seus sentidos se aguçassem e a levasse a descobrir o que estava seguindo naquele labirinto de escuridão Parisiense.
Sentira uma singela iluminação esquentar sua face, percebeu o alargamento das ruas, e o odor de esterco e mijo foram substituídos pelo suave aroma das flores que fora se aguçando conforme a garota caminhava lentamente.
E lá estava ele. O rapaz, com seu um de setenta e cinco de altura, cabelos escuros, sobretudo e botas pretas, observava concentrado a vitrine de uma loja de perfumes. A garota, paralisada e com a visão ofuscada pela beleza de tal ser, caminhou até ele, e com os olhos brilhantes de lágrimas segurou as mãos dos rapaz.
Assustado pela ação repentina, retirou suas mãos dela e a olhou desconfiada, mas sem deixar perceber a beleza da garota. Sem retirar seus olhos dos dele, novamente ela segurou suas mãos como se fosse guardá-las em um pequeno casulo de proteção - cuja sensação, ela nunca experimentara -.
E o beijou. Enfeitiçado, o rapaz não fez nada. Apenas correspondeu o sentimento da garota, que nunca em sua vida fora tocada. Tudo parou. Nenhum dos dois ouviu ou viu nada acontecer pela rua. A atmosfera do local ficara fria e apaixonante. Até que o rapaz ficou gelado, imóvel e duro feito pedra. Ela abriu os olhos, e deu de cara com os dele, porém ofuscados e sem vida. E distanciando- o de seu rosto, viu o fio de sangue escorrer pela boca do rapaz. Ele não falava ou respirava, e não emitia um sinal sequer de vida. Ele ficara pesado de repente e a garota suportou o peso do homem em cima de si. O sustentou pelos ombros e pescoço até ficar ajoelhada no chão, com o corpo do homem estendido e sua cabeça em seu colo. Toda a magia do momento fora destruída bruscamente pelo pavor e pela dúvida do que teria acontecido. Fora apenas um beijo. Um beijo que fizera um fio de sangue escorrer pela boca do rapaz, e fizera seu coração parar de bater para sempre.Com os olhos debulhados em lágrimas, ela o deixou estendido pelo chão, observando em choque a expressão fria e sem vida de seu rosto.
Um velho Senhor abriu a porta de sua loja de perfumes e ao sair, viu o rapaz estendido no chão e logo depois, a garota olhando para as próprias mãos, arrependida e com os olhos vermelhos: '' Assassina!'' - gritou o perfumista -. Em pouco tempo o local se encheu de pessoas curiosas a ver quem fizera aquilo com o pobre homem, enquanto a garota, assustada, correu para longe dali , até encontrar um beco escuro onde passou a noite. Chorando encolhida e sozinha.
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